sábado, 18 de janeiro de 2014

LongFic - O casamento do meu melhor Amigo - Cap. 1

 
"E mesmo que nada funcione eu estarei de pé, de queixo erguido.
-Pitty."
 
 
 
 
Queria chorar mais não tinha lágrimas. Esse dia mais cedo ou mais tarde chegaria. Acompanhava a história, o romance de seu melhor amigo, pela internet. Não era tarefa difícil achar notícias sobre eles, afinal ele era super famoso.
Fitou o envelope durante um bom tempo, se perguntando como seria reencontra-lo, depois de tanto tempo longe um do outro, será que ela conseguiria suportar ver o amor de sua vida se casando com outra?
Colocou em sua cabeça que não iria de maneira nenhuma. Por outro lado, ele era seu melhor amigo. Mesmo não mantendo contato diariamente com ele. Eles ainda se falavam, eles ainda eram amigos, ela não gostaria que ele faltasse em seu casamento. Claro que não, pois em seu mundo ele era o noivo, então tecnicamente ele estaria lá.
Pensou mais umas zilhoes de vezes, e tomou sua decisão. Ela iria.
O casamento era daqui duas semanas, teria tempo suficiente para falar com sua avó - que ainda morava em Londres - e pegar uma licença no trabalho. A faculdade estava passando por uma crise de greve, não seria problema faltar, sendo que nem aula estava tendo.
Precisava de um conselho. De alguém mais experiente. De alguém que sempre ajudou nos momentos mais difíceis.
Tomou um banho rápido, e vestiu o básico, short jeans e uma regata, morava no Rio de Janeiro, o calor era infernal. Pegou as chaves do carro no chaveiro e pegou estrada até a casa dos pais.
 
- SeuNome minha filha caiu da cama foi ? - o senso de humor da mãe era perfeito para aquele momento - que bom te ver - o abraço que só a mãe sabia dar, o abraço que ela estava precisando.
- É bom te ver também mãe - as duas entraram na modesta casa onde para Isabelle nunca deveria ter saído, avistou John , seu irmão dois anos mais novo que ela jogado no sofá - Oi feio.
 
- Oi gorda - era sempre assim. Os dois sempre chamavam um ao outro com apelidos, uma maneira estúpida de provocação.
 
- cadê o pai mãe ?
 
- Trabalhando.
 
Um pouco apreensiva em contar para mãe, a garota começou a conversar, puxar assunto, coisas aleatórias. Mesmo sabendo que sua mãe a conhecia muito bem, e que ela não sabia mentir, deu o seu melhor. O que por incrível que pareça deu certo, até a mãe dizer :
 
- Não veio aqui para conversar, e ainda mais tão cedo, no sábado - elas riram - o que houve minha filha ?
 
A garota respirou fundo, mexeu em sua bolsa e entregou o envelope. A mãe parecia não acreditar no que estava lendo. Ela sempre apoio os dois, deu forças quando não se tinha mais jeito. Alimentou uma esperança que a própria mãe acabou acreditando, que os dois um dia iram ser felizes juntos.
Ao perceber o olhar da filha, a mãe a aconchegou em seu colo.
 
- A senhora acha que eu devo ir ?
 
O silêncio ficou um pouco chato. As respostas da mãe pareciam não sair, no final das contas, ela também queria essa resposta.
Só ela viu, o quanto a sua menina sofreu quando tiveram que voltar ao Brasil. Deixar tudo para trás. Sua escola os seus amigos. O seu amor. Mesmo sendo um amor adolescente, a mãe acreditava que iria ir para frente, e que a distância só iria deixar o amor deles ainda maior. E deixou, mas não ao ponto de lutar por ele.
 
- O que o seu coração está dizendo ? - a mulher encarrou os olhos azuis de sua filha, olhos perdidos, e confusos. - SeuNome 'ce você estivesse uma chance, mudar algo que jamais deveria ter acontecido, o que você faria?
 
A menina foi dormir com o que sua mãe tinha lhe dito.
Ela deveria arriscar? Pedir/ implorar para ele não se casar?
O que tinha na cabeça? Não era capaz de estragar o casamento dele, mesmo morrendo por dentro, ele estava feliz. Isso que devia importar. Mas não. Não era ela que estava fazendo ele feliz.
A noite se arrastou naquele dia. Não pregou os olhos, não tinha dormido. Quando pegou no sono já estava quase amanhecendo. Afundou a cabeça no travesseiro e dessa vez tentou algum tipo de Mantra para tentar dormir.
Um barulho chato e uma sensação de algo vibrando na gaveta do criado mudo ao lado da cama a  despertou. Como foi esquecer?  tinha guardado o celular da gaveta, porque não conseguiu desligar o alarme. Apitou duas vezes, na terceira já tomada com a raiva pegou o celular.
Três mensagens, uma da operadora, informando que o seu número ganhou alguma coisa. Esse blá blá blá que mandam para todos. Forçou a vista e leu o seu nome identificando uma das  mensagens.
 
Oi SeuApelido :)
 
Era seu apelido. O apelido que ele era o único que tinha o direito de chamar a assim. Sorriu em ver que ele lembrava dela. Faz quase um mês que eles não se falavam, achou fofo em pelo menos lembrar seu nome. Com o sorriso na testa, já estava pronta para responder a mensagem. Quando viu que tinha outra.
 
Recebeu o convite SeuApelido ? Você vem não é ? Eu quero minha melhor amiga no dia do meu casamento hihi.
 
Uma raiva tremenda percorreu seu corpo. Por um instante pensou em voar o celular na parede, ou prédio abaixo. Por que ele tinha que casar? Por que ele veio com essa "minha melhor amiga", ela já tinha decidido que não iria. Como recusaria agora? Que desculpa arrumaria ? Vendo que não tinha mais jeito, teria que ir. Digitou algo simples, e tratou de colocar o celular de volta a gaveta.
 
Oi Liam, mais é claro que eu vou.


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