segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LongFic - O casamento do meu melhor Amigo - Cap. 2


" A vida é como andar de bicicleta. Para ter equilíbrio, você tem que se manter em Movimento..."

 
 



O tal casamento não sai sequer um momento de sua cabeça. Passou o resto do domingo em casa, vendo fotos antigas e revirando seu passado. Já tinha ligado para sua avó, avisando que na terça estaria chegando.
Em frente ao espelho se perguntava : o que ela tinha ,que ela não tinha ?
Expulsou qualquer pensamento negativo e saiu do apartamento indo até escritório onde trabalhava. A tarde estava um verdadeiro tédio.
Nem tinha passado o almoço e ela já tinha terminado todo o seu serviço. Pegou o dia de folga, não sabendo o que fazer, foi ate o shopping fazendo uma pequena compra, não podia fazer feio, iria conhecer a mulher de seu amigo pessoalmente, queria deixar sua marca.
Compra feita, passagem comprada, licença no trabalho. Só o que restou foi dormir. Ou tentar.
A noite não deixou de ser como a passada, custou para pegar no sono e quando conseguiu seu despertador tocou avisando que já era hora de levantar.
Sem vontade alguma se arrastou até o banheiro, tomando um banho. Com a toalha sobre o corpo começou a pensar se deveria mesmo ir. Não tinha outra jeito, ele a cercou de todos os lados, não tinha escapatória. Teria que ir.
Foi no momento que estava se arrumando, que sua mente a levou até suas lembranças...
 
Londres , dia da mudança.
 
Era uma grande correria, via seus pais correndo de um lado para o outro, pegando suas malas e algumas caixas que ficaram para trás. Junto com John seu irmão, SeuNome se encontrava na porta de sua casa. O caminhão da mudança já tinha saído a duas horas atrás. Seu pai sorria muito junto com a mulher, era o começo de uma nova vida.
Não sabia de muita coisa sobre seu novo lar, só o que sua mãe dissera um dia antes " É lindo meu anjo, a vizinhança é ótima, sem falar que tem aquele ônibus de dois andares igualzinho da foto", era tão pequena, qualquer coisa que dissesse a ela, ficaria feliz, afinal , ela era criança , e criança vê inocência em tudo. Olhou com os olhos brilhando para mãe e antes de um abraço aperto da mãe, fez a pergunta mais fofa que a mulher pode achar ate agora "E podemos andar nele mamãe ?"
 
Se naquela época soubesse o quão Londres deixaria lembranças, boas e ruins, lembranças das quais não estava pronta para relembrar, talvez não agora, talvez nem hoje, quem sabe outro dia?
Dormiu a viagem toda. Acordou com a aeromoça á chamando. Sorriu e se pois a sair vendo que era a única além da moça no avião.
Em passos apressados, saiu de lá. após uns vinte minutos esperando suas duas malas, conseguiu sair, chamando um taxi.
Londres com certeza era o lugar que nunca esperou voltar, não tão cedo, muito menos assim.
só de pensar que teria que sorrir e fingir esta feliz na frente de todos, angustiava a pobre garota.
A casa era exatamente como lembrava. Azul e branca. As cores favoritas da mãe. Viu sua avó da janela do taxi. Na porta. Sozinha. Que no mesmo momento sentiu vontade de chorar. Seu avô morreu a quase um ano e ainda não conseguiu superar a perda. Eram muitos próximos. E quando notou foi pega de surpresa por suas lembranças.
 
Londres , em um dia de chuva.
 
Tinham acabado de se mudar. A casa reformado por seu vô, parecia mais uma casa de bonecas em tamanho real. A pequena menina correu pela casa com o irmão a tarde toda. E quando pararam queriam sair e brincar lá fora. Porém a chuva não deixou, fez então que eles ficassem presos.
"Vovô não tem nada para fazer aqui " a menina resmungava pela terceira vez.
"Por que não usa a sua imaginação?"
"Usar a imaginação vovó?"
Seu avô tinha soluções para todos os tipos de situações, e quando se tratava em distrair as crianças, ele deixa de lado tudo, e voltava a  ser uma criança.
"Podemos imaginar, que estamos em auto mar" O homem que já mostrava sinais da velhice pegou a menina no colo junto ao irmão colocando no sofá maior "E estamos sendo atacados por piratas, Ahhhgr !"
Em meio de gargalhadas e brincadeiras não viram a chuva passar.
 
Foi ai que começou a perceber que não conseguiria deixar suas lembranças de lado, muito menos que seria fácil de controlar-lá  sempre. Pagou a corrida e foi correndo - como sempre - para os braços da avó.
 
- Vovó ! - seus olhos ainda eram perfeitos, os azuis brilhavam aos poucos raios de sol que resolveu sair. Sua expressão era de cansaço. Seus cabelos cada vez mais brancos e as marcas no rosto deixavam claras a sua idade.
- SeuNome minha filha você esta linda.
 
Cada canto, tudo trazia uma lembrança. Um momento diferente. Fazia tanto tempo que se mudaram novamente. Parecia que nada tinha saído do lugar, os papéis de parede, as mobilhas, o piano preto...Ah , o piano. Era o que ela mais temia encontrar. Costumava a tocar para sua família em festas, reuniões...Na maioria das vezes aos domingos, depois do almoço.
Passou sua mão pelo piano todo. Sentindo a madeira fria em seus dedos pequenos. Um aperto veio em seu coração, junto a uma onda de tristeza. Foi seu avó que ensinou a tocar.
Algumas lagrimas indesejadas caíram sobre seu rosto, sendo secadas rapidamente pelos dedos macios de sua queria avó.
 
- Sinto falta do vovó.
- Eu também sinto pequena.
 
 
 
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6 comentários:

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