Já
deitada na cama, procurou segurar o choro usando a tática que Jake havia te
ensinado: Pense em nada, ou se não conseguir, pense em coisas interessantes do seu campo visual. (o que era o seu caso, pois uma pessoa com tantos problemas não consegue
simplesmente deixar de pensar em tudo).
Você
passou a pensar no seu quarto, ele não era nem grande nem pequeno. Tinha uma
mesa, um grande espelho, um armário, a cama em que estava deitada e uma mesinha
ao lado da cama com... Fotos. Isso foi o suficiente para que começasse a
visualizar lembranças, como sua mãe cantando para que dormisse... Não, você n queria
se lembrar daquilo. Cobriu a cabeça com o travesseiro tentando, inutilmente,
sufocar a voz da mãe cantando na sua cabeça. Mas isso só piorou a situação, você começou
a se lembrar da época em que ela lia para você, também de quando quebrou o braço
e ela e seu pai foram juntos para te
levar ao hospital, lembrou- se até de quando seu irmão nasceu... E foi aí que
as coisas começaram a ficar ruins, eles passaram abrigar o tempo todo e não se falavam mais. Seu pai passou a trabalhar o tempo to e quase nunca sabia o que estava acontecendo em casa, sua mãe cuidava de você e do seu irmão, mas resolvia todos os assuntos da casa sozinha.
Não conseguindo mais se segurar, se permitiu chorar.
Depois
de algum tempo chorando você se acalmou um pouco, foi até o banheiro e tomou um
banho (seu quarto é uma suíte).
O
banho não te deixou mais feliz. Na verdade foi o contrario, você estava ainda
mais triste, parecia que a ficha havia caído. Sabia que sua mãe não voltaria mais, sabia que seu pai não se importaria nem com coa saída da esposa e nem com os filhos, sabia que teria que cuidar de seu irmão, não sabia, mas tinha esperança de que as coisas se ajeitassem.
Você
saiu do banho, vestiu um pijama confortável e viu que já eram 9 horas. Sua mãe
já teria ido para não sei onde, mas você sabia que ela mandaria noticias logo,
conhecia sua mãe e podia dizer muitas coisas ruins sobre ela, mas ela amava
muito você e seu irmão.
Uma
batida na porta do seu quarto a fez sair de seus pensamentos e ir abrir. Assim
que abriu se deparou com seu irmãozinho te olhando com uma carinha chorosa.
Will:
Ela vai voltar, não vai? – dizendo isso ele começou a chorar e abraçou suas
pernas. Você caiu no choro novamente. “O que será dessa criaturinha? Sem uma
mãe e com um pai que simplesmente não liga para os filhos...”
Você se abaixou e o abraçou carinhosamente.
Você:Eu
não sei.
Mas
você sabia, sabia que ela não voltaria mais para aquela casa, que ela não
voltaria mais para vocês. Não que seu pai se importasse, pois ele não se importava e isso estava bem claro.
Um
sentimento começou a tomar conta de você: Raiva. Raiva do seu pai por ter
deixado sua mãe ir, raiva da sua mão por ter ido e raiva dos dois juntos por
fazer com que vocês passem por isso.
Will: SeuNome, ela foi embora porque não gosta mais da gente? - o garoto perguntou ainda chorando.
Você:
Não Will, ela ama a gente, ela só... Ela só precisa de um tempo. Tenho certeza
que quando ela encontrar um lugar vai ligar para a gente. - dizendo isso, limpou as lágrimas do rostinho de Will e depois do próprio rosto.
Will coçou os olhos em um sinal se sono e incompreensão.
Você:
Vem, eu vou te por para dormir.
Will: Mas era a mamãe que sempre fazia isso...
Você:
Eu sei disso, prometo fazer meu melhor, ok?
Will:
Tudo bem.
Você
pegou seu irmãozinho no colo e o levou para seu quarto.
Apesar
de relutar e ainda estar chorando um pouco, ele dormiu após algumas horas. Você estava psicologicamente
exaurida e seu pai nem dava sinal de estar vivo. Você precisa de alguém, algum
amigo. E precisava rápido.
Foi para o seu quarto e já
estava pegando o celular quando se lembrou que todos estavam em uma festa. E
agora? Será que... Harry?
Bom...
Fazia algum sentido, pois o garoto não tinha saído da sua cabeça a tarde toda,
mas ele não estaria dormindo ou ocupado? Já passava da meia noite. Então você
se lembrou que ele havia pedido para mandar uma mensagem assim que pudesse e
você não mandou. Não era como se pudesse ter ligado, o dia tinha sido uma
loucura. Mas ainda assim se sentia culpada, por isso resolveu ligar. Antes do segundo toque ele atendeu.
Harry: Alô?
Você: Harry?
Harry: Ah, oi SeuNome. Achei que não ligaria mais.
Havia
magoa na voz dele e você se sentiu ainda mais culpada. Respirou fundo
combatendo a vontade de chorar, não que você chorasse por qualquer coisa, mas estava meio sensível por conta da saída da mãe e a ideia de magoar aquele garoto não era das mais agradáveis
Você:
Me desculpe, é que aconteceram umas coisas meio ruins e eu só consegui resolvê-las agora – o que não era
totalmente verdade, pois você só havia resolvido a questão de por seu irmão
para dormir e isso não ia trazer sua mãe de volta, muito menos que seu pai e
sua mãe deixassem de brigar ou que seu pai se importasse.
Harry:
Que coisas? Você está bem? – seu tom logo mudou de magoa para preocupação
Você:
Estou... – não, não estava. E já começaria a mentir, mas se lembrou que tinha
ligado para pedir socorro- Não, não estou.
Harry:
O que houve?
Você:
Eu só... Tem como vir aqui? – Você ouviu um barulho do outro lado da linha e
podia jurar que Harry estava deitado e havia se levantado bem rápido.
Harry:
Me diga o endereço.
Menos
de 5 minutos depois Harry havia chego na sua casa e estava batendo na porta.
Você saiu correndo para abrir.
Harry:
Oi SeuNome o que... – Ele foi interrompido pois você o abraçou. Passado o
espanto, ele retribuiu. Você não deixou de pensar em como aquele abraço era bom
e em quão bom e confortante
era o cheiro dele.
Você:
Desculpe por ter te acordado mas eu precisava de alguém aqui e...
Harry: Tudo bem, eu estava em uma loja com meu amigo.
Você: Aí meu deus! Desculpe - "todas as lojas estariam fechadas á essa hora" - você pensou. será que ele estava mentindo? -... O que estava fazendo em uma loja á essa
hora?
Harry:Ele vai se casar na semana que vem... –ele foi interrompido.
Você:
Devia ter dito que não podia vir!
Harry:
Mas eu podia, estava jogado em uma poltrona- (daí o barulho de alguém se
levantando que ela/você ouviu no outro capítulo) percebendo seu olhar
acusatório ele acrescentou- e a loja já estava fechando.
Você: Hm... –o que havia pensado? Era obvio que alguém como ele estaria
ocupado ou dormindo uma hora dessas- Desculpe por ter ligado.
Harry:
Hey, eu pedi não foi? –ele disse com um sorriso carinhoso- Além do mais você parecia bem perturbada... Andou chorando? - disse te encarando.
Você: não - "Ai droga! Meu rosto deve estar todo inchado e vermelho" pensou.
Harry: Hm... - ele não parecia estar muito convencido - Agora... Será que e
posso entrar? Está meio frio
Você: Claro... – disse abrindo a porta para dar passagem a ele.
Harry
entrou e você fez sinal de silêncio, ele não entendeu direito, mas acatou ao
pedido.
Você
andou sem fazer barulho pela sala até encontrar a escada, a subiu e andou pelo
corredor dos quartos até encontrar o seu.O garoto pareceu ter entendido o recado, pois percorreu todo o
caminho fazendo silêncio e se preocupando em não fazer barulho ao colocar os pés no piso de madeira.
Vocês entraram no seu quarto e você trancou a porta, fazendo uma careta quando era rangiu.
Você:
Pronto...
Harry: Por que tivemos que fazer silêncio?
Por hoje é isso gente.
Obrigada por lerem.
Comentem se puderem.
Xx. Cecy
Continuaa logo amore!Eu já me tornei fã dessa fic,mas espero que a SeuNome fique com o Hazza.Quando vai postar o proximo capitulo?,malikisses :)xx
ResponderExcluiraiiiiin! :3
ExcluirObrigada.
Continuarei amanhã, estou postando todos os dias agora nas férias ;)